quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AVE

em um disforme rígido
pelas rugas de uma passado
nojento sem formas e beiras
sem eiras e queimadas
sobre água quente
um membro ávido
ávido sobre vôos amotinados
incapaz e inválido por opor-se ao sol
que lambe as línguas películas inchadas
sórdidas canções de Orfeu
romeu e julieta
ao cair de um véu a cor do semblante
essa dor do ereto astros
ah! ave ao socorro das mãos límpidas
sem pena e sujas de uma barba a fazer
se deita sobre um sofá quente
numa lâmina efêmeras e fugaz

bey cerqueira

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