segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Embriaga-me

Embriagas-me sangue acima quando me percorres
nas tuas idas ao fundo do meu ser, 
estás-me na suavidade do corpo, 
no sorriso que soltas 
ao prazer murmurado 
de me cheirar. 

Vou-me por ti no gosto de te contrariar
quando sabes de cor a frescura 
das margens sinuosas do meu corpo. 

Lambo a ternura de cada toque que escorre
em fio das minhas mãos, 
brinco-te nos braços, 
seduzes-me o rosto, 
encanto confesso da minha boca 
no quente beijo dos teus lábios. 
Despenteio-te em cascatas
de querer-te mais, 
rio-me por dentro, 
deslizo-te nua por fora. 

Sorvo-te o sabor 
nas batidas do coração, 
morro-me em ti na ânsia húmida 
da minha pele querendo 
vestir a carícia despida da tua.


(bey cerqueira)

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